A religiosidade é outra coisa. Diversa da fé. A última envolve intimamente a emoção enquanto a primeira... Bem, eu não saberia dizer o que está envolvido na religiosidade. Talvez seja a burocracia. Em nosso dicionário:
BUROCRACIA: Modo de administração em que os assuntos são resolvidos por um conjunto de funcionários sujeitos a uma hierarquia e regulamento rígidos, desempenhando tarefas administrativas e organizativas caracterizadas por extrema racionalização e impessoalidade, e também pela tendência rotineira e pela centralização do poder decisivo.
Via de regra, os religiosos são sujeitos austeros, rígidos em seus costumes, mas nem sempre dispostos a ouvir a Palavra.
A fé não deixa espaço para escolha. O livre arbítrio não se aplica à fé... Ou alguém teísta pode um belo dia decidir "passar para o outro lado" e tornar-se ateu? Não é tão simples assim. A fé é pura emoção. Nunca conheci alguém "quase apaixonado". O que é proveniente da emoção foge ao controle do sujeito...
Em contrapartida a religiosidade é totalmente racional, os indivíduos fazem a escolha de sua religião de acordo com sua personalidade. Muitas vezes a escolha de seu deus também baseia-se em sua própria personalidade. Não é à toa que muitos teólogos advertem: Tema o homem que possuir um deus arbitrário e tirano, pois o homem que possui este deus, é, ele mesmo, a própria tirania.
Todos são livres para optar por uma religião. E as opções no mundo moderno são infinitas, visto que o homem está cada vez mais desamparado.
Ninguém está livre para escolher sua própria fé... Estamos ao mesmo tempo fadados a aceitar e orgulhosos por sermos escolhidos...
Nossa fé é, ao mesmo tempo, nossa lástima e nossa redenção...

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