Eterno Retorno (à Nostalgia)
Sempre que venho aqui volto a lembrar. Não foi minha intenção te deixar, mas a vida segue mesmo assim. Lembro-me daquela praça e de nossas tardes tecendo frases de efeito; as promessas quebradas e os beijos roubados, nossa paixão reprimida, nosso amor idealizado. Hoje nossos corpos não ocupam o mesmo lugar em nenhum espaço e apesar de ainda lembrar, sinto que estas palavras perdem-se em meu pobre discurso contraditório, estas frases jamais o tocarão. Continuo cantando nossas canções, além daquelas que imagino que cantas pensando em mim. Nossas notas não se encontram mais, nossos acordes nunca produziram aquela melodia que procurávamos cantar a sós.
A vida encarrega-se de sanar todas as dívidas, curar as feridas e destruir nossos sonhos mais ingênuos.
Como um lamento recordo-me de meus dias mais alegres e desesperados; dias onde pensei, realmente estar, “perdido e salvo”.
Mas o sonho não me abandonou e ainda canto.
Canto que é de luz e escuridão meu pranto.
Encanto que outrora anestesiava,
Súplica que antes almejava tocar o céu.
É o fim da madrugada, raios de sol anunciam a chegada de um novo dia, e minha agonia faz-me desesperar. Minha espera permanece a esperar, na esperança de encontrar.
Quando te olhei nos olhos uma última vez, não mais encontrei as cores que costumavam preencher o preto e branco que sempre foi minha vida.
Naquelas tardes sempre imaginava quem eu seria... Mas até hoje não consigo me explicar... Jamais imaginei que seria assim.
Meu tempo é sempre o passado, uma palavra já dita, um soneto já executado, minhas idéias são sempre nostálgicas.
Nosso amor acabou, nossa banda desafinou, nossos passos fraquejaram, e é assim mesmo, sou quem sou, temo meus próprios ideais, estes que não guardam lógica alguma. Sou uma procura e a chegada a um lugar que não tem resposta alguma. Mas e daí? Quem tem as respostas?
A referência à “perdido e salvo” é de Vinícius de Moraes.
A vida encarrega-se de sanar todas as dívidas, curar as feridas e destruir nossos sonhos mais ingênuos.
Como um lamento recordo-me de meus dias mais alegres e desesperados; dias onde pensei, realmente estar, “perdido e salvo”.
Mas o sonho não me abandonou e ainda canto.
Canto que é de luz e escuridão meu pranto.
Encanto que outrora anestesiava,
Súplica que antes almejava tocar o céu.
É o fim da madrugada, raios de sol anunciam a chegada de um novo dia, e minha agonia faz-me desesperar. Minha espera permanece a esperar, na esperança de encontrar.
Quando te olhei nos olhos uma última vez, não mais encontrei as cores que costumavam preencher o preto e branco que sempre foi minha vida.
Naquelas tardes sempre imaginava quem eu seria... Mas até hoje não consigo me explicar... Jamais imaginei que seria assim.
Meu tempo é sempre o passado, uma palavra já dita, um soneto já executado, minhas idéias são sempre nostálgicas.
Nosso amor acabou, nossa banda desafinou, nossos passos fraquejaram, e é assim mesmo, sou quem sou, temo meus próprios ideais, estes que não guardam lógica alguma. Sou uma procura e a chegada a um lugar que não tem resposta alguma. Mas e daí? Quem tem as respostas?
A referência à “perdido e salvo” é de Vinícius de Moraes.
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=D