Dos rascunhos perdidos...

... Foi quando um dia me peguei pensando no real sentido da vida.
De pessoas que correm em direção ao nada, de desejos nao-ditos e segredos revelados,
De toda essa vida que se perde tentando vivê-la,
Da pouca e pobre destinação de ser.
Foi quando me peguei acreditando que toda essa correria poderia me levar a algum lugar
Calmo, seguro, tranquilo.
De flores pelo caminho e estrelas para me guiar
De um por do sol tão lindo que me fizesse chorar
De pessoas partilhando sonhos e não ilusões. Não.
Nada é suficiente e que bom.
Nada é maravilhoso eternamente e que bom.
Foi quando me peguei pensando que tudo é corrida atrás do vento,
Que o sentido das coisas é não fazer sentido,
Que os sorrisos são falsos, que as esperanças estão perdidas, que os sonhos caducam.
Nesse dia o amor chegou
E foi quando me peguei pensando que estava enfim anestesiada, protegida de tudo que é ruim. Autorizada a novamente sonhar,
Pois a vida passa, os sonhos morrem e renascem, as pessoas mudam, as flores murcham,
E desabrocham mais uma vez...
Onde há amor, sempre haverá novas flores, novos sonhos, novas outras coisas belas
Sempre haverá alguém, como eu, tentando ser melhor,
Porque é o que o amor merece de nós.
Seu amor é o que cabe em minha bagagem
Em minha vida, em meus sonhos,
É meu melhor e mais ambicioso plano,
É o que consigo avistar em meu horizonte mais belo
Tudo que não posso deixar pra trás...

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