O que restou do banquete...

Toda dor é dor de amor.
Um afeto que afeta a alma.
Corta o corpo.
Dilacerante dor física
que invade e macula algo que lhe é caro.
É submeter-se a si próprio.
Entregar-se a quem não está.
É se esvair de uma dor que não diz onde lateja.
É morrer de si.
A dor do amor é aviso mortificante
de que se está vivo e se pode morrer.
Entregar-se a quem nada pede.
É cair de si e se encontrar de fora.
Deparar-se com a efemeridade e urgência dos dias
É morrer de si!
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Eduardo, adorei a produção literária em mesa de bar...

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