Teologia da Libertação: A Nostalgia do Reino...
Por ocasião da visita do papa, volta-se a discutir todas as questões que o envolvem, e é claro que por estar no Brasil, a imprensa não esquece de comentar (EM TODAS AS MATÉRIAS) que este papa foi responsável pela excomunhão do ex-frei Leonardo Boff: conhecido teólogo da Teologia da Libertação que causou muita dor de cabeça à igreja nos anos 70, 80... Teologia com inspiração marxista que colocou os pobres como prioridade da igreja catolica na América Latina, seus maiores representantes: Leonardo Boff, Frei Betto, Pedro Casaldaliga.
A igreja daquela época, temendo este movimento que ganhava a força dos oprimidos, lança mão da Congregação para a Doutrina da Fé, um outro movimento que funcionou como que uma contra-reforma e foi liderado por este que agora é papa, na época chamado Cardeal Ratzinger: O "fascista benevolente" como o chama Leonardo Boff, e é este mesmo teologo que afirma ter sido sua excomunhão um incentivo a mais para que a Teologia da Libertação cresça e se expanda para outros países como Índia, China, e países da África.
Dizem que o papa está aberto a um "debate teologico" imparcial e que nao pretende punir teologos adeptos da Teologia da Libertação, mas não é assim que pensa o excomungado Leonardo Boff, ele diz que teme que aqui no Brasil, o papa renove suas advertências contra a Teologia da Libertação. Boff diz ainda que, este papa condenou mais de cem teologos e escreveu textos duros, quase fundamentalistas sobre igrejas e religiões..."
O jornal Estado de São Paulo do dia 07 de maio traz a triste noticia:
No dia 15 de março, a Congregação para a Doutrina da Fé (ex-Santo Ofício) anunciou no Vaticano a suspensão do padre jesuíta Jon Sobrino, basco que reside em El Salvador desde 1958 - e um dos expoentes da Teologia da Libertação na América Latina. O teólogo foi proibido de dar aulas, proferir palestras e publicar textos, por causa de posições que tem defendido em seus livros sobre cristologia. Ele teria empobrecido a figura de Cristo, reduzindo seus valores divinos, com intenção de aproximá-lo mais dos pobres.
A Congregação para a Doutrina da Fé utiliza do mesmo princípio do Santo Ofício: Vigiar e Punir, principio que Foucault discorreu bastante em sua arqueologia do saber e todas as suas formulações sobre o poder. Antes, o Santo Ofício usava o fogo, as cordas, as armas. Hoje, a Congregação para a Doutrina da Fé usa a palavra, arrancando-a, extirpando qualquer sinal de contenda, não permitindo o pensamento que traz o poder da mudança, pois é preciso manter tudo como está, é preciso refrear a palavra, porque é ela que transforma e somente nela está todo poder.
"Nem só de pão viverá o homem..."
A igreja daquela época, temendo este movimento que ganhava a força dos oprimidos, lança mão da Congregação para a Doutrina da Fé, um outro movimento que funcionou como que uma contra-reforma e foi liderado por este que agora é papa, na época chamado Cardeal Ratzinger: O "fascista benevolente" como o chama Leonardo Boff, e é este mesmo teologo que afirma ter sido sua excomunhão um incentivo a mais para que a Teologia da Libertação cresça e se expanda para outros países como Índia, China, e países da África.
Dizem que o papa está aberto a um "debate teologico" imparcial e que nao pretende punir teologos adeptos da Teologia da Libertação, mas não é assim que pensa o excomungado Leonardo Boff, ele diz que teme que aqui no Brasil, o papa renove suas advertências contra a Teologia da Libertação. Boff diz ainda que, este papa condenou mais de cem teologos e escreveu textos duros, quase fundamentalistas sobre igrejas e religiões..."
O jornal Estado de São Paulo do dia 07 de maio traz a triste noticia:
No dia 15 de março, a Congregação para a Doutrina da Fé (ex-Santo Ofício) anunciou no Vaticano a suspensão do padre jesuíta Jon Sobrino, basco que reside em El Salvador desde 1958 - e um dos expoentes da Teologia da Libertação na América Latina. O teólogo foi proibido de dar aulas, proferir palestras e publicar textos, por causa de posições que tem defendido em seus livros sobre cristologia. Ele teria empobrecido a figura de Cristo, reduzindo seus valores divinos, com intenção de aproximá-lo mais dos pobres.
A Congregação para a Doutrina da Fé utiliza do mesmo princípio do Santo Ofício: Vigiar e Punir, principio que Foucault discorreu bastante em sua arqueologia do saber e todas as suas formulações sobre o poder. Antes, o Santo Ofício usava o fogo, as cordas, as armas. Hoje, a Congregação para a Doutrina da Fé usa a palavra, arrancando-a, extirpando qualquer sinal de contenda, não permitindo o pensamento que traz o poder da mudança, pois é preciso manter tudo como está, é preciso refrear a palavra, porque é ela que transforma e somente nela está todo poder.
"Nem só de pão viverá o homem..."
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