O Produto desta Atividade Mental: O Caos
Sinto muito, mas devo constatar e admitir: aconteceu comigo também. Ao longo dos anos meus sentimentos mais passionais foram anestesiando aos poucos... um a um...
Hoje eu vi uma criança entrar no ônibus e falar para um passageiro: "Você me dá licença? eu sento nesse mesmo banco todos os dias". Meu primeiro pensamento foi o de tratar-se de uma criança um tanto quanto mimada, acho que o do rapaz também...
Mas depois pensei nos porques que levam as pessoas a deixarem de ser honestas umas com as outras... que mal fazia o rapaz dar o lugar para a menina? O ônibus estava vazio mesmo...
Porque é que depois de um tempo tudo se transforma numa calamidade? Porque o tempo tem me transformado em alguém que não leva fé alguma nas pessoas? Alguém para quem qualquer atitude é motivo suficiente para corroborar essas minhas idéias e antipatias a tudo que é humano?
Não tive tempo de ruminar mais; a cidade é pequena e logo a viagem chegou ao fim. Mas depois de descer fiquei pensando e tentando me lembrar de vários rostos de pessoas que eu conheci... tentando pensar nos sentimentos que me preenchiam na época. Eu costumava ter mais fé, mais esperança. Que a vida é uma merda eu já me convenci há algum tempo, mas até isso era diferente antes, porque antes eu contava com algumas "tábuas de salvação": o amor, o bem, a misericórdia, o pôr-do-sol... Tudo isso era meio que arrebatador e de uma certa forma eventualmente minorava o mal... Restava então ficar à espera desses momentos; e era a isso que eu denominava esperança; estar à espera: "está nas coisas que não se vêem mas que se esperam..."
Hoje acho isso tudo muito piegas... Estou na vida fazendo hora e tentando preencher o tempo da forma menos pior possível.
E é isso que me remete à nostalgia - minha única salvação -
Constato também que a arte de ruminar faz bem.
Hoje eu vi uma criança entrar no ônibus e falar para um passageiro: "Você me dá licença? eu sento nesse mesmo banco todos os dias". Meu primeiro pensamento foi o de tratar-se de uma criança um tanto quanto mimada, acho que o do rapaz também...
Mas depois pensei nos porques que levam as pessoas a deixarem de ser honestas umas com as outras... que mal fazia o rapaz dar o lugar para a menina? O ônibus estava vazio mesmo...
Porque é que depois de um tempo tudo se transforma numa calamidade? Porque o tempo tem me transformado em alguém que não leva fé alguma nas pessoas? Alguém para quem qualquer atitude é motivo suficiente para corroborar essas minhas idéias e antipatias a tudo que é humano?
Não tive tempo de ruminar mais; a cidade é pequena e logo a viagem chegou ao fim. Mas depois de descer fiquei pensando e tentando me lembrar de vários rostos de pessoas que eu conheci... tentando pensar nos sentimentos que me preenchiam na época. Eu costumava ter mais fé, mais esperança. Que a vida é uma merda eu já me convenci há algum tempo, mas até isso era diferente antes, porque antes eu contava com algumas "tábuas de salvação": o amor, o bem, a misericórdia, o pôr-do-sol... Tudo isso era meio que arrebatador e de uma certa forma eventualmente minorava o mal... Restava então ficar à espera desses momentos; e era a isso que eu denominava esperança; estar à espera: "está nas coisas que não se vêem mas que se esperam..."
Hoje acho isso tudo muito piegas... Estou na vida fazendo hora e tentando preencher o tempo da forma menos pior possível.
E é isso que me remete à nostalgia - minha única salvação -
Constato também que a arte de ruminar faz bem.
Comentários
O ato de ruminar, dentre as diversas situações presentes, não acumula maior ênfase, e acredito que pelo simples vetor, considerado por mim o mais importante, a capacidade de refletir a respeito, quando penso na palavra ruminar, imagino toda a critica e
discordância das questões que nos circundam e que nos fazem seguir caminhos dos quais não planejamos nunca, mas que por acaso, devo por entre parêntese, com cautela “inconsciente”, me permito a ter uma condição de compreender melhor e acreditar que a fonte do
caos não é somente o fato de não se propor a ser mais a ser honesto,
mas que a doença social que nos afeta com suas dozes diárias e homeopáticas, que aos poucos nos moldam e nos fazem ser
semelhante aos montes, até mesmo na forma de se vestir...Na forma
de rir, tudo padronizado, sem liberdade de movimento, movimento digo o mental, o de ser idealista, e acreditar que ninguém é igual, e que por isso cada um deve compreender e respeitar o espaço do outro, mas infelizmente ninguém tem tempo a perder com isso...
Adorei tudo!
Por que que depois de um tempo tudo vira calamidade?!?!?!
Por que qualquer coisa é motivo pra lutar pela igualdade de direitos e citar a constituição e brigar por coisas inúteis e quaisquer?!?!
Ahhhhh
Falou bem!